quarta-feira, 2 de maio de 2012

OUTROS PILARES

Embora os princípios citados sejam fundamentais, Pilates não se limitava a eles. O vasto conhecimento que adquiriu o ajudou a desenvolver muitas outras ideias em busca de uma completa harmonia entre corpo e mente. Assim, muitos seguidores também compreendem que outros três princípios são tão importantes quanto os demais:

Integração: a saúde não existe se não for completa, por isso, os músculos não podem ser exercitados separadamente e sim de maneira integrada, uniforme.

Intuição: basicamente é aprender a interpretar os sinais do corpo, saber quando parar ou se deve avançar. Ecercícios físicos são realizado com o objetivos de conseguir bem-estar e não exaustão os lesões.

Imaginação: pode parecer dispensável ou memo loucura, mas Pilates descobriu que usar a mente para criar imagens de si mesmo e até do ambiente estimula a musculatura. Afinal, a mente precisa se exercitar integrada ao corpo.

PRINCÍPIOS BÁSICOS

Ao unir conceitos transcendentais da cultura Oriental com a objetividade do Ocidental, Pilates conseguiu criar um sistema de exercícios físicos capaz de manter corpo e mente saudáveis


Joseph Pilates definia seus exercícios como a coordenação completa e harmoniosa entre corpo, mente e espírito. Para isso, estudou princípios da cultura oriental com ênfase nos conceitos de concentração, equilíbrio, percepção, controle corporal e flexibilidade, adicionou preceitos ocidentais, especialmente em relação à força e tônus muscular.

São seis princípios básicos do método:
  • Centro: É o conceito de que a força do corpo não está nos braços e pernas, mas sim na região abdominal, que Pilates chama de powerhouse. Essa parte do corpo que forma a estrutura muscular e esquelética capaz de dar sustentação para o corpo e irradiar energia para braços e pernas realizarem os exercícios. O fortalecimento desse centro de força é essencial tanto para a estabilização como manutenção de um alinhamento correto da coluna vertebral.
  • Controle: Tem a ver com a coordenação motora, mantendo um padrão ideal de força e velocidade, eliminando movimentos e contrações musculares desnecessários, sem objetivo ou inadequados. É essencial para evitar lesões e estresse muscular.
  • Respiração: A respiração é responsável pela oxigenação do sangue e dos músculos, por isso mereceu atenção especial do Pilates, para quem da maioria das pessoas respiram de forma errada, principalmente na execução de exercícios físicos.
  • Precisão: Nenhum movimento deve ser realizado sem um proósito ou isoladamente. O todo deve ser beneficiado pelos detalhes. Poucos (mas precisos) movimentos sçao mais proveitosos do que muitos realizados aleatoriamente e sem a devida vontade.
  • Concentração: Durante a execução dos exercícios, deve-se manter atenção exclusiva na prátiva de cada músculo. É preciso aprender a sentir a parte do corpo que sendo trabalhada, pois assim é possível saber se há uma resposta satisfatória.
  • Fluidez: Os movimentos devem ser realizados sempre de maneira controlada, suave, jamais de modo abrupto ou rápido demais. Os impactos devem ser absorvidos, pois assim evita-se o desperdício de energia quando há algum choque do corpo com o solo.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Como tudo começou...

Joseph Hubertus Pilates

Conheça a fascinante história do criador do método Pilates e como tudo deu certo.


Joseph Hubertus Pilates nasceu em 9 de dezembro de 1883, na cidade de Mönchengladbach, na Alemanha. Era uma criança de saúde frágil, que sofria de asma, raquitismo e febre reumática, entre outras enfermidades. Sua fraqueza o tornou vítima de bullying e lhe serviu de motivação para buscar um físico mais avantajado e uma saúde melhor. Aos 14 anos, não só conseguiu superar a maior parte de sua limitações como já possuia um físico tão desenvolvido que se tornou modelo para artigos sobre anatomia humana. E não foi nenhum milage, mas sim uma conquista na base da superação e da obstinação.
Pilates começou a desenvolver sua técnica muito jovem, depois de ficar fascinado por um livro de anatomia que ganhara de um amigo da familia. Aos poucos, mas sempre com empenho incomum, aprofundou seus conhecimentos em biologia, fisiologia, yoga e artes marciais orientais, unindo arte e ciência. Mas seu espírito inovador não se dava por satisfeito só em ler: Pilates praticava e associava os conhecimentos adquiridos a observações tanto das reações de seu próprio corpo como dos movimentos dos animais. Original até para os dias de hoje. Aliás, o próprio Pilates costumava dizer, com toda a razão, que esteva 50 anos à frente de seu tempo.

Até completar seu método, Pilates percorreu um longo caminho. Em 1914, mudou-se para a Inglaterra, onde ganhava a vida como pugilista, artista de circo e professor de autodefesa para policiais. No entanto, após o início da Primeira Guerra Mundial, juntamente com outros alemães que viviam em solo inglês, foi enviado a um campo de prisioneiros. O que para muitos seria motivo de desespero, para ele foi uma oportunidade de desenvolver e aplicar suas técnicas. Atuando como enfermeiro, criu exercícios para manter a si e seus companheiros saudáveis. Os resultados foram tão supreendentes que após um grave surto de gripe espanhola (que matou milhões de pessoas na Espanha em 1918), nenhum dos internos do campo onde atuava foi infectado. Foi essa época que Pilates criu um de seus primeiros aparelhos, o Cadillac, adaptando molas e roldanas nas camas dos pacientes em recuperação, para que eles se exercitassem. O aparelho até hoje é usado por adeptos do método.

Cadillac

Terminada a guerra, Pilates retornou à Alemanha, onde foi convidado a dar treinamentos para a policia de Hamburgo. Conheceu também, nessa época, expoentes da dança que incorporaram alguns de seus princípios na expressão corporal. No entanto, logo percebeu os rumos equivocados que os militares de seu país tomovam e, desiludido, resolveu atravessar o Atlântico rumo aos EUA. Na viagem, conheceu sua futura esposa, a enfermeira Anna Clara Zuener, que seria muito importante para sistematizar o método. Juntos, montaram uma academia em Nova Iorque, que funciona até hoje e pela qual passaram inúmeras personalidades do mundo da dança, bem como artistas de teatro e cinema.
Apesar de sua eficiência e relativo sucesso local, o método de Pilates "que ele chamava de 'contrologia'" permaneceu exclusivo de sua academia. O próprio Joseph publicou apenas dois livros sobre o assunto: Your Health e Return to life Through Contrology. No Brasil, os dois foram reunidos em único livro: A obra completa de Joseph Pilates (Phorte Editora). O gênio faleceu em 1967, vítima de asfixia enquanto tentava em sua salvar aparelhos de um incêndio em sua academia. Morreu o homem, mas a sua obra foi sendo popularizada e cada dia ganha novos adeptos.